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Writer's pictureWagner Rodrigues

“Parte mais rica do Brasil tomou conta do orçamento”, diz Lula

Presidente falou à CBN sobre isenções fiscais, Selic e impostos


Na véspera da definição da taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o presidente Lula demonstrou preocupação com a possibilidade de o Banco Central manter os 10,5% e não reduzir ainda mais. 

A declaração foi feita nesta terça-feira, durante entrevista à Rádio CBN. A Selic está em 10,5%, e a previsão é que o comitê mantenha a mesma taxa nesta quarta-feira (19). 

Sobre cortes no orçamento, Lula disse que discute com a equipe algumas formas de equilibrar as contas. Ele quer, inclusive, rever as isenções fiscais, que é quando o governo deixa de arrecadar taxas, como estímulo financeiro a alguns setores. Mas, para Lula, o excesso de isenção de alguns impacta nos mais pobres.

Ainda na questão de tributos, o presidente disse, na entrevista, ser contra a taxação das compras internacionais abaixo de US$ 50. Mas adiantou que deve sancionar o projeto, em nome da “unidade” entre o governo e o legislativo. Além disso, disse ficar irritado com empresários que não dialogam com o governo e sempre acionam o Congresso. 

Perguntado sobre a possível exploração de petróleo em águas profundas, no Amapá, Lula reconheceu a contradição em defender essa exploração e buscar a transição por energia limpa, no país. 

No mês passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recusou o pedido de licença da Petrobras para estudar a possibilidade de explorar petróleo na foz do Rio Amazonas, no Amapá. 


Edição: Nádia Faggiani/Sumaia Villela

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