Pesquisa do IPEA, divulgada em dezembro de 2022, estimava mais de 281,4 mil pessoas em situação de rua no país e um crescimento de 34% entre 2019 e 2022
Peças de desinformação estão deturpando dados públicos para inferir um crescimento desproporcional na população em situação de rua no Brasil. Com base em dados do Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.(MDS), os conteúdos maliciosos deduzem de forma equivocado um crescimento triplicado na população em situação de rua do país. No entanto, os dados se referem à quantidade de famílias em situação de rua inscritas no Cadastro Único (CadÙnico) por meio da busca ativa das assistências sociais locais, e não podem inferir a realidade populacional dessas pessoas.
Em 2022, uma pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) divulgada em dezembro daquele ano estimava um crescimento de 38% na população de rua nacional entre 2019 e 2022, quando atingiu 281.472 . Atualmente, o Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE) está desenvolvendo pesquisas para dar conta da população em situação de rua levando tendo como base o Decreto 7.053/2009 , que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua.
Os dados abordados de maneira deturpada pelos conteúdos desinformativos tratam sobre a inserção dessas pessoas no CadÚnico. Em dezembro de 2022, quando o levantamento do IPEA sobre população de rua foi divulgado, o sistema da Sagicad registrava 192.175 famílias inscritas no CadÚnico. Este sistema traduz em números os esforços dos assistentes sociais em incluir essas pessoas nas políticas públicas de inclusão.
É a partir desta etapa que essas pessoas passam a acessar programas sociais como o Bolsa Família. Antes disso, elas eram como invisíveis para o poder público municipal, estadual e federal. Desde o início desta gestão do Governo Federal, 105.896 famílias em situação de rua foram incluídas no CadÚnico.
Em 2023, o MDS adotou diversas medidas para a reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Repasses emergenciais, volta do cofinanciamento regular, dos espaços de participação social, qualificação do Cadastro Único e a busca ativa permitiram o fortalecimento da proteção social.
A busca ativa consiste em fazer o Estado chegar onde o cidadão está, com o objetivo de localizar e incluir no Cadastro Único todas as famílias de baixa renda, prioritariamente as mais pobres, e atualizar os dados das famílias já cadastradas.
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